30 de jul. de 2009

Iron Maiden - Dance of Death

Há algum tempo o Iron Maiden entrou em uma nova fase de trabalho, que vem sendo aclamada por uns, criticada por outros. Desde a entrada de Blaze Bayley nos vocais a banda começou a compor músicas mais longas e mais progressivas, além de músicas com longas introduções, passagens mais sombrias, climas épicos e tudo mais. A volta de Bruce não alterou muito este quadro, e o resultado pode ser encontrado nos mais recentes trabalhos do grupo, como neste Dance od Death, por exemplo, lançado em 2003.


O álbum abre com Wildest Dreams, que ficou bem melódica, no estilo The Wickerman. A música é boa, mas um pouco enjoativa. A próxima é Rainmaker, uma das melhores do CD. Esta é bem direta também, mas tem um refrão muito legal, e solos bem encaixados. Seguindo a nova fase, No More Lies tem uma introduçãozinha a la X Factor, mas descamba pra uma levada bem pesada e empolgante. Além disto tem uma linha de vocal de arrepiar. A melhor do CD na minha opinião. Montsegur começa bem pesada, e tem um riff muito legal. É a mais pesada do álbum. A faixa-título é a mais longa do disco, e começa no estilo The Clansman. As três guitarras trabalham bem no solo desta música, fazendo um belo "trieto". A seguir vem Gates of Tomorrow, que no início lembra muito Lord of the Flies, pela distorção da guitarra, mas é bem superior a esta, com uma linha de vocal e especialmente um refrão bem melodiosos, que lembram algumas músicas da fase Fear of the Dark (Childhoods End, Judas be my Guide). A dupla voz de Bruce nessa e em outras músicas foi um ótimo recurso, que ficou bem interessante. A música é empolgante do início ao fim, e é uma das melhores do disco.

New Frontier é a próxima, e mais uma vez abre mão das orquestrações. Tem riffs poderosos, e um refrão muito legal. A seguir vem Paschendale, a mais chata do disco. Longas introduções, orquestrações, viagens, só que a levada da música não conseguiu me empolgar. Um riff ou outro salvam, mas no geral a música se torna chata e massante, bem no estilo The Nomad. A qualidade é retomada em Face in the Sand, que começa lembrando muito Blood Brothers (dá até pra cantar o refrão na introdução), mas é bem diferente, claro. Os tecladinhos no fundo a la Seventh Son ficaram muito bem encaixados, e dão todo o clima da música. Os bumbos duplos de Nicko também chamam a atenção. A introdução é belíssima, até entrar o vocal de Bruce, impecável como sempre. Tem um dos mais belos refrãos. Age of Innocence faz lembrar mais uma vez a músicas como Fear is the Key, e tem um riff muito interessante. É uma música com um clima um tanto melancólico, mas guitarras pesadas e belos riffs. Pra encerrar o CD, a bela Journeyman, uma baladinha acústica levada a violões e uma bela interpretação de Dickinson, que me lembrou Fidler on the Green, do Demons and Wizards, só que sem a parte pesada. O clima da música é bem épico, e a levada é belíssima. Foi a música que mais me chamou a atenção, e pode ser considerada um dos destaques.

No geral, este não é o melhor, nem o pior disco do Maiden. Faltam as cavalgadas que tanto consagraram a banda nos álbuns Powerslave, Piece of Mind, mas não podíamos esperar que elas voltassem. Maiden está em uma nova fase, e é bom aceitarmos isto. Mas este conseguiu ser bem melhor do que o Brave New World, com músicas mais diretas, sem deixar de lado as levadas orquestradas e épicas tão presentes naquele disco. Só fico curioso pra ver o que virá nos próximos discos.

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